A força dos castanheiros no extrativismo da Castanha do Brasil (Pará).

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Para entendermos um pouco sobre os castanheiros, vamos antes informar alguns números sobre o impacto desse produto nas economias local e global, para ajudar na contextualização.

A Castanha-do-Brasil movimenta a economia na região Norte. Este comércio emprega milhares de famílias e garante o sustento de boa parte da população da região.

Sua representatividade e participação econômica são cada vez maiores e mais intensas, fazendo com que o assunto seja proporcionalmente mais digno de atenção, profissionalismo e cuidados.

Hoje em dia, quase todo o resultado do extrativismo da Castanha-do-Brasil é exportado, principalmente para o Canadá (maior importador em 2017), os Estados Unidos e a Inglaterra.

Estima-se que o mercado internacional de Castanha-do-Brasil movimente anualmente entre R$ 18 milhões e R$ 65 milhões.

É realmente bastante dinheiro.

Como é a vida de um castanheiro na selva amazônica?

O castanheiro têm como sua atividade principal a colheita dos ouriços.

Muitos deles também possuem atividades complementares como pesca e produção de farinha, que a exemplo da coleta de ouriços, também compartilham de uma relação profunda com a floresta e asseguram inúmeras e contínuas conquistas para as comunidades.

Desde o século 19, a Castanha-do-Brasil representa uma poderosa fonte de renda para os quilombos da região do Baixo Amazonas.

A coleta, mesmo em épocas passadas, visava o consumo local e também a comercialização para o mercado regional.

Além disso a Castanha-do-Brasil constitui um forte elemento da identidade cultural das comunidades, muitas delas formadas por descendentes de africanos que foram trazidos para trabalhar nas fazendas da região.

É então natural verificar que mesmo hoje em dia, ela continua a influenciar a vida das pessoas.

A Castanha-do-Brasil interfere em inúmeros aspectos que vão desde a escolha da ocupação das terras até o repertório de traduções (festas, canções, danças) e práticas sociais e econômicas dos quilombos.

Na virada do século 20, os quilombolas começaram a se organizar e transformar a atividade em renda para as comunidades.

Em Oriximiná, primeiro vieram as lutas pela titulação dos castanhais e, depois, o empenho em organizar a produção e aumentar o lucro para o negócio.

Quando a coleta acontece?

Respeitando o ciclo que a produção das castanheiras têm, os castanheiros partem para a coleta no período de janeiro a junho. Mas é claro, que tudo depende da região e dos efeitos climáticos, por isso o período da colheita pode variar bastante.

Na prática, os castanheiros primeiro coletam os ouriços que ficam espalhados pelo solo mata a dentro.

Nas costas, eles carregam o paneiro, um cesto para transporte de todo o trabalho da sua colheita. Ainda há um grupo de castanheiros que passam períodos maiores acampados na mata, especialmente quando há boa safra (grande produção ou bons preços pagos pelos compradores), com o objetivo de aumentar o lucro no final da temporada.

Depois desta etapa, os castanheiros trabalham então na quebra dos ouriços com o facão. Esta tarefa que exige força e habilidade, pois os frutos são muito duros.

Em seguida, as amêndoas são separadas e levadas para óbidos onde são medidas e vendidas para as usinas de beneficiamento.

O trabalho do castanheiro então se encerra. Nas usinas, as amêndoas passam por um período de secagem. As maiores costumam ser comercializadas com casca, as menores são descascadas e embaladas à vácuo para venda.

Veja nas fotos abaixo alguns dos momentos do trabalho dos castanheiros.

São eles que, junto de suas famílias geram renda e cuidam do nosso patrimônio ecológico e biosfera.

Nosso muito obrigado a todos os castanheiros!

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