Selênio, inclua na alimentação diária.
10/08/2018Vegmundi – Feira de Arte e Gastronomia Vegana.
15/08/2018Depois de respondermos a muitas dúvidas de nossos clientes em relação a compra da castanha quebrada, publicada aqui mesmo em nosso blog no dia 25/07/18, agora vamos falar se vale a pena comprarmos castanhas do Brasil (Pará) com casca.
De antemão, a resposta é, depende!
Sim, depende porque existem muitos fatores que influenciam na compra do produto com casca. Primeiramente temos a questão financeira e outros aspectos muito importantes que vamos mencionar nessa matéria.
QUESTÃO N. 1 – PREÇO X PESO
A princípio, em 1 Kg de castanha com casca, conseguimos aproveitar entre 260 e 290 gramas da amêndoa. Contudo, estamos falando apenas de amêndoas boas, sem contabilizar as ruins e as amêndoas que podem conter um fungo muito maléfico, que falaremos logo mais. Logo, uma amêndoa sem casca pesa em média 5 gramas e uma castanha com casca pesa em média 15 gramas, ou seja, 2/3 de pura casca que você estará pagando e não vai consumir. Em síntese, pela matemática, se estiver comprando 1 Kg de castanhas com casca e pagando R$ 20,00, saiba que para ter 1 Kg da amêndoa, ainda assim, estará desembolsando em média de R$ 70 a R$ 80,00.
QUESTÃO N.2 – O PAPEL DA USINA DE BENEFICIAMENTO
As castanhas assim que retiradas úmidas da mata, vão para um processo de secagem e armazenagem, para depois seguir para usina de beneficiamento, onde existe uma seleção, classificação e extração das amêndoas de suas cascas. Mas por que o processo da usina é tão importante para você consumir uma castanha de qualidade? Por uma série de fatores. Primeiramente, existe uma seleção das castanhas com casca, boas e ruins, que já é detectado na usina, logo, são separadas. Depois, temos a classificação das amêndoas por tamanho (midget, medium, large, extra large, etc), e por último, as castanhas sem casca, aprovadas nos testes de qualidade dentro da usina, próprias para o consumo humano. Porém, quando compramos a castanha com casca em comércios, não sabemos o que podemos encontrar dentro e fora, e esse é um assunto que posteriormente, abordaremos no tópico seguinte.
Acima é a usina de beneficiamento da Cooperacre (Rio Branco-AC), a maior cooperativa do mundo de castanhas do Brasil (Pará). Nessa pré-seleção, o processo de qualidade separa as amêndoas por tamanho e qualidade.
QUESTÃO N.3 – FUNGOS CANCERÍGENOS – AFLATOXINA
O que muitos consumidores desconhecem, é que existe um fungo muito poderoso e prejudicial a saúde chamado de aflatoxina. São substâncias cancerígenas produzidas por alguns fungos da espécie Aspergillus. Esse fungo pode ser encontrado em diversos tipos de alimentos.Trata-se da contaminação por micotoxinas (substâncias tóxicas produzidas por fungos), e no caso da castanha-do-Brasil, desde o momento em que cai no solo na floresta amazônica, ao despencar da castanheira (Bertholettia excelsa), até chegar ao consumidor.
Enquanto no Brasil a quantidade máxima de aflatoxina permitida é de 10 partes por bilhão, na Europa tolera-se até 4 partes por bilhão (e dependendo do país e do tipo de aflatoxina o limite é ainda menor). Como resultado, a União Europeia restringiu a importação das sementes brasileiras. Estudos indicam que a aplicação de práticas que otimizem o processo produtivo, desde a redução do tempo armazenagem até o beneficiamento, diminuem a quantidade de aflatoxinas nas castanhas. São por esses fatores, que a Bolívia hoje, é o maior exportador mundial, pois investiram mais na qualidade das castanhas, desde a coleta na selva até a chegada aos pontos de venda.
Na primeira foto acima, vemos a castanha com casca contaminada por aflatoxina. Depois, uma nectarina, um pão, e por último, um milho .
Leia mais : http://agencia.fapesp.br/pesquisa-possibilita-controlar-…/…/
Em conclusão, se o seu consumo será com casca ou sem, atente-se para os tópicos que mencionamos nessa matéria. Faça o teste em casa dos pesos, procure comprar sempre de um lugar confiável, evite o produto à granel, cuide da saúde!
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