A prima da castanha do Brasil.

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Você sabe quem é a prima da castanha do Brasil (Pará)?

Sim, ela tem nome, se chama Castanha de Sapucaia.

Trata-se de uma oleaginosa que retoma, pouco a pouco, espaço no território brasileiro. Na verdade, ela sempre esteve por aqui, na Mata Atlântica. Em outras palavras, nós é que quase acabamos com a chance de sentir sua textura crocante e sabor adocicado no paladar.

A prima da castanha do Brasil é mais adocicada e alongada que a castanha do Brasil, a castanha de sapucaia ainda está ganhando espaço na gastronomia fora das comunidades rurais.

“No início do século passado, a sapucaia existia em abundância na Mata Atlântica, mas hoje ela é escassa. Dificilmente você vai encontrar a sapucaia em uma área que já teve impacto humano”, afirma Natalia Coelho, coordenadora técnica do Programa Arboretum.

Proposto pelo Serviço Florestal Brasileiro e viabilizado graças a uma parceria com o Ministério Público da Bahia, o projeto tem o objetivo de recuperar sementes e plantas quase extintas do bioma.

Esperança

Há menos de dois meses, as castanhas passaram a ser comercializadas além das comunidades agrícolas.

O produto foi apresentado também durante o 15º IUFRO (International Union of Forest Research Organizations), congresso de pesquisa florestal realizado em Curitiba.

É uma feira de ingredientes brasileiros organizada pela pesquisadora Sandra Regina Afonso, do Serviço Florestal Brasileiro.

Segundo a especialista, a exploração madeireira da árvore que dá origem às castanhas, a Lecythis pisonis, foi extensiva ao longo das últimas décadas. Agora, ocorre o inverso: em vez de derrubarem as árvores, as comunidades agrícolas têm sido incentivadas a ganhar dinheiro a partir de seus frutos.

O Tesouro

É do coco da sapucaia, ou ouriço, que vêm as castanhas alongadas de tom castanho claro e sabor delicado. A quantidade produzida varia muito: enquanto algumas árvores geram 20 cocos por vez, outras chegam a 100.

Cada quilo da “cumbuca” contém em média 180 castanhas, que têm sido vendidas a R$ 80/kg (dados de 2019) nas regiões onde mais ocorre – no interior da Bahia e no Espírito Santo. O valor tem a ver com a pouca oferta e com a dificuldade de coleta.

Diferentemente da castanha do Brasil, que cai inteira, o coco da sapucaia abre uma “tampa” enquanto ainda está na copa da árvore (que pode ser alta, com 50 metros, ou mais, como as encontradas na Amazônia).

Quando as castanhas caem, os humanos têm que ser mais rápidos que os animais da floresta.

Não à toa, o fruto também é chamado de “cumbuca de macaco” — já que os animais gostam de se alimentar das castanhas.

“Esse resgate é muito importante para a história dela”, afirma a bióloga Fabiana Gomes Ruas. Desde 2008, a pesquisadora comanda um projeto semelhante ao Arboretum, mas no Espírito Santo através do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e da Universidade Vila Velha (UVV-ES).

“Existem relatos que mostram que os tropeiros se alimentavam da castanha de sapucaia e a trocavam por outros produtos como uma forma de comércio. Agora, estamos analisando os benefícios dela nas áreas de gastronomia e farmácia”.

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